O curso "Professor de Classe: Exercitando o Desenho", com o Professor Luzius Zaeslin, promovido pelo IDW, chegou ao fim no último fim de semana e deixou um gosto de quero mais. Em nosso último encontro, nos perguntávamos: o que vamos fazer daqui 15 que não estaremos aqui?!? E conversamos sobre meios de nos mantermos em contato, de nos reencontrarmos, de continuarmos exercitando e crescendo juntos.
Eu me emocionei no momento em que o professor chamou meu nome e me entregou o certificado, meu nome ali seguido de "concluiu o curso" me fez sentir a emoção de mais uma conquista, mais uma superação. A guria que não desenhava praticamente desde os 6 anos de idade (segundo minha mãe, sofri um trauma na pré-escola, quando a professora disse que um desenho que tinha feito era horrível. Cheguei em casa chorando e desde então não me lembro do desenho ter feito parte da minha infância e adolescência. Passei 30 anos sem desenhar até me encontrar com a Pedagogia Waldorf!), agora concluía um curso de desenho! Ufa! Nó na garganta, aperto no peito de felicidade!
O curso, além de deixar o gosto de quero mais, trouxe a ousadia de tentar desenhar, o querer desenhar, abriu as porteiras do desenho como um meio de expressão! Sei que ainda tenho muitas limitações, que para mim, como disse a professora Adriana Leibl, em um dos encontros em Mainumby, a arte ainda é muito mais transpiração que inspiração (ela comentou isso quando comparou o que representa o trabalho artístico para um professor de artes e para um professor de classe), mas me sinto plena, liberta de mais uma corrente que me prendia e de certa forma me afastava de ser verdadeiramente Eu. Hoje, posso afirmar, com enorme gratidão,que o desenho faz parte da minha vida!
Meu último trabalho durante o curso foi um desenho com giz de cera inspirado no conto "Os Músicos de Bremen". Amei o processo de criação desse desenho, seus erros e acertos. Ele me trouxe mais intimidade com o giz de cera.
Inspirada pelo desenho de Micael e o dragão, feito pela Yolanda, uma das colegas do curso, tive a coragem de desenhar Micael e o dragão para meus alunos.
Quando eles viram, as reações foram:
"- Professora, como você fez esse dragão? Ficou irado!"
"- Ficou lindo, professora"
Além das palavras, o mais bonito foi que eles também quiseram desenhar seus dragões, suas espadas, seu Micael. Benção saber que meu desenho, mesmo com toda sua simplicidade, os faz querer desenhar, os alimenta!
Ao professor Luzius e a todas as pessoas queridas que participaram da jornada do curso comigo, minha gratidão eterna!
domingo, 21 de setembro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Verso de Micael
São Micael, fortalecei-nos em Coragem e Verdade!
São Micael, ajudai-nos na luta contra o dragão da ignorância!
São Micael, olhai por nós!
Época de Micael, 2014
imagem: http://www.pinterest.com/erinncate/waldorf-~-steiner-michaelmas/
domingo, 17 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
Indo além
Neste fim de semana, comecei o curso "Professor de Classe: Exercitando o Desenho", promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Waldorf.
Além de conhecer pessoas super bacanas e inspiradoras, estou vendo o milagre da arte acontecendo através de nossas mãos. Eis o que as minhas deixaram surgir:
Ainda está longe de estar terminado, mas como bem disse o professor Luzius Zaeslin:
Eu, além de tranquila, vou dormir feliz da vida por estar conseguindo ir além...
E falando em ir além, me lembrei de um mantra perfeito para este momento:
Além de conhecer pessoas super bacanas e inspiradoras, estou vendo o milagre da arte acontecendo através de nossas mãos. Eis o que as minhas deixaram surgir:
"Com o que vocês realizaram nestes dias, já podem dormir tranquilos"
E falando em ir além, me lembrei de um mantra perfeito para este momento:
Gate gate paragate parasamgate bodhi svaha
Foi, foi (Gate Gate), Foi além (Paragate), Foi completamente para a outra margem (Parasamgate), Chegou à iluminação, que maravilha (Boddhi), Que assim seja, que se manifeste (Swaha).
Há várias versões, mas uma das mais bonitas que conheço é a da Deva Premal e do Miten, que você pode ouvir clicando aqui.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Escola de Resiliência
Nesta semana recebi um grande presente: passei três dias acompanhando as aulas do 1o. ano na Escola de Resiliência, uma escola que oferece ensino fundamental (até o 5o. ano) gratuito baseado na Pedagogia Waldorf, localizada no Núcelo Horizonte Azul, da Associação Monte Azul.
Foi uma experiência incrível e extremamente enriquecedora!
Ali, vi crianças brincando soltas, pés ora na terra, ora nos galhos de uma árvore. Mãos brincando de trabalhar com a enxada e com a pá, mãos embalando bonecas feitas a partir de casacos de tricô.
Ali, pude vivenciar o significado da expressão "autoridade amorosa", tão citado por Rudolf Steiner em muitas de suas conferências sobre Educação. A professora Kátia é essa expressão em pessoa!!!
Ali, pude sentir as cores, os aromas e os sabores das refeições preparadas com todo amor do mundo pela professora Gabriela, que além de ter um coração enorme e fazer comidas deliciosas, também tem uma voz de fada. Eu ficava encantada ao ouvi-la cantar os ritmos de cada dia!
Ali, ganhei muitos abraços, olhares, sorrisos e ouvi conversas cheias de sabedoria que aconteciam durante as brincadeiras, como esta que aconteceu entre 3 meninos:
E não bastasse toda essa nutrição, a cereja do bolo veio no último dia de aula e me foi dada pela Thainara, que após a aula de desenho livre, me entregou esse desenho dizendo:
Meu filho me acompanhou nessa jornada. Enquanto eu estava vivendo o 1o. ano, ele ficou na casinha do Jardim, com a professora Marisa. Essa casinha ficava ao lado da casa do 1o. ano e nos momentos de brincadeira livre, pude observar meu filho ali, fazendo novos amigos e brincando feliz da vida com a enxada e com os toquinhos de madeira que encontrava. E ele também ganhou dos novos amigos uma recordação: no último dia de aula, cada um fez um desenho para ele. A professora Marisa uniu todos os desenhos com laços de um fio verde e nos entregou na hora de ir embora. Delicadeza, carinho e amor materializados em nossas mãos!
Em todos os sentidos, a Escola de Resiliência é uma meta a alcançar!
Gratidão ao Professor Mário Zoriki, que me abriu as portas para essa vivência, às professoras Kátia e Gabriela, por terem me recebido tão calorosamente, e à professora Marisa, por ter oferecido um cuidado cheio da Vida ao Marcéu.
E gratidão também ao casal de amigos Carlos e Emy e aos seus filhos Gabriel e Milena, por terem nos recebido em sua casa durante esses três dias, com amor, carinho, cama quentinha, boa comida e excelentes conversas para aquecer a Alma!
Foi uma experiência incrível e extremamente enriquecedora!
Ali, vi crianças brincando soltas, pés ora na terra, ora nos galhos de uma árvore. Mãos brincando de trabalhar com a enxada e com a pá, mãos embalando bonecas feitas a partir de casacos de tricô.
Ali, pude vivenciar o significado da expressão "autoridade amorosa", tão citado por Rudolf Steiner em muitas de suas conferências sobre Educação. A professora Kátia é essa expressão em pessoa!!!
Ali, pude sentir as cores, os aromas e os sabores das refeições preparadas com todo amor do mundo pela professora Gabriela, que além de ter um coração enorme e fazer comidas deliciosas, também tem uma voz de fada. Eu ficava encantada ao ouvi-la cantar os ritmos de cada dia!
Ali, ganhei muitos abraços, olhares, sorrisos e ouvi conversas cheias de sabedoria que aconteciam durante as brincadeiras, como esta que aconteceu entre 3 meninos:
- Vamos brincar?E os três saíram brincando, cheios da sabedoria, que nós, adultos, ainda estamos buscando.
- Vamos, eu sou o chefe!
- Não, na nossa brincadeira não tem chefe, só tem líder. Eu vou ser o líder, mas não vou mandar, só vou chamar. E depois eu deixo você ser o líder também, mas não pode mandar.
E não bastasse toda essa nutrição, a cereja do bolo veio no último dia de aula e me foi dada pela Thainara, que após a aula de desenho livre, me entregou esse desenho dizendo:
- Essa é você, esse é seu filho e esse é seu marido lhe entregando um buquê.
Meu filho me acompanhou nessa jornada. Enquanto eu estava vivendo o 1o. ano, ele ficou na casinha do Jardim, com a professora Marisa. Essa casinha ficava ao lado da casa do 1o. ano e nos momentos de brincadeira livre, pude observar meu filho ali, fazendo novos amigos e brincando feliz da vida com a enxada e com os toquinhos de madeira que encontrava. E ele também ganhou dos novos amigos uma recordação: no último dia de aula, cada um fez um desenho para ele. A professora Marisa uniu todos os desenhos com laços de um fio verde e nos entregou na hora de ir embora. Delicadeza, carinho e amor materializados em nossas mãos!
Em todos os sentidos, a Escola de Resiliência é uma meta a alcançar!
Gratidão ao Professor Mário Zoriki, que me abriu as portas para essa vivência, às professoras Kátia e Gabriela, por terem me recebido tão calorosamente, e à professora Marisa, por ter oferecido um cuidado cheio da Vida ao Marcéu.
E gratidão também ao casal de amigos Carlos e Emy e aos seus filhos Gabriel e Milena, por terem nos recebido em sua casa durante esses três dias, com amor, carinho, cama quentinha, boa comida e excelentes conversas para aquecer a Alma!
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segunda-feira, 21 de julho de 2014
Conversando sobre a educação da Criança
Estou aproveitando as férias para colocar as leituras em dia e o último concluído foi "A educação da Criança segundo a Ciência Espiritual", da coleção "Textos Escolhidos" (Rudolf Steiner). E o que senti lendo esse livro?!? Êxtase, euforia, deslumbramento, comichão e uma alegria imensa de poder desfrutar de suas palavras.
Já era noite, eu lia deitada na cama e o que eu ia lendo me parecia muito mais uma conversa que uma leitura e quando terminei minha sensação foi: "Mas já acabou?!? Vamos continuar a conversa!". Eu já estava com outro na fila de leitura (Andar, Falar e Pensar, também desta coleção), mas não consegui fazer a fila andar, pois a conversa tinha sido tão boa, que no mesmo instante em que terminei de ler, comecei a reler o mesmo livro!
Assim começa o texto, extremamente atual apesar de ser resultado de palestras proferidas por Steiner em 1907. E partindo daí, ele expõe a necessidade de conhecer a essência do ser humano, indo além da concepção científico-materialista, e coloca o desvendar desse conhecimento como objetivo da Ciência Espiritual.
Segundo a Ciência Espiritual, o ser humano é formado por 4 corpos:
- o físico, também comum aos minerais, vegetais e animais;
- o etérico ou vital, que o homem compartilha com os vegetais e animais;
- o astral ou das sensações, compartilhado apenas com os animais;
- o eu, presente apenas no ser humano.
Conforme fui lendo as características de cada um dos corpos, principalmente quando ele fala da ação transformadora do eu sobre os outros corpos, lembrei do poema "Lava-Pés", de Christian Morgenstern:
Em seguida, Steiner faz a afirmação de que a educação atua sobre esses quatro corpos e, portanto, todo educador deveria ter conhecer suas características para agira corretamente.
Em termos de idade, desenvolvimento e formação temos a seguinte divisão para os os corpos:
Diante desse quadro, é importante lembrar que todo nascimento de um corpo, é precedido por sua formação, assim como o corpo físico antes de nascer ser forma no útero.O período de desenvolvimento de um corpo abrange a formação de seus corpos superiores, que estarão prontos para nascer seguindo as idades mencionadas.
Para o primeiro setênio, a imitação e o exemplo como características que guiam o relacionamento da criança com o mundo. Ela é uma esponja que absorve tudo que está em seu ambiente:
Já era noite, eu lia deitada na cama e o que eu ia lendo me parecia muito mais uma conversa que uma leitura e quando terminei minha sensação foi: "Mas já acabou?!? Vamos continuar a conversa!". Eu já estava com outro na fila de leitura (Andar, Falar e Pensar, também desta coleção), mas não consegui fazer a fila andar, pois a conversa tinha sido tão boa, que no mesmo instante em que terminei de ler, comecei a reler o mesmo livro!
"A vida atual coloca em questão muito do que o homem herdou de seus antepassados. É por isso que surgem tantos 'problemas modernos' e 'exigências da época'. Que tipo de 'problemas' perturbam o mundo hoje? A questão social, a questão do feminismo, problemas educacionais e escolares, problemas relacionados ao direito, à saúde, etc. Pelos mais diversos meios procuram-se soluções para estes problemas, sendo incalculável o número dos que afirmam terem esta ou aquela 'fórmula' para resolver este ou aquele ou, pelo menos, contribuir com algo para sua solução. E nessa situação fazem-se valer todos os matizes possíveis do comportamento humano: o radicalismo, que toma ares revolucionários; as tendências moderadas, com respeito pelo existente, querendo desenvolver o novo; e o conservadorismo, que logo se agita quando se toca em antigas instituições ou tradições. E ao lado dessas atitudes principais, existem inúmeras intermediárias."
Assim começa o texto, extremamente atual apesar de ser resultado de palestras proferidas por Steiner em 1907. E partindo daí, ele expõe a necessidade de conhecer a essência do ser humano, indo além da concepção científico-materialista, e coloca o desvendar desse conhecimento como objetivo da Ciência Espiritual.
Segundo a Ciência Espiritual, o ser humano é formado por 4 corpos:
- o físico, também comum aos minerais, vegetais e animais;
- o etérico ou vital, que o homem compartilha com os vegetais e animais;
- o astral ou das sensações, compartilhado apenas com os animais;
- o eu, presente apenas no ser humano.
Conforme fui lendo as características de cada um dos corpos, principalmente quando ele fala da ação transformadora do eu sobre os outros corpos, lembrei do poema "Lava-Pés", de Christian Morgenstern:
A ti agradeço, pedra silenciosa,
E me inclino em reverência:
A ti devo meu existir de planta.
A vós agradeço chão florido,
E me inclino em reverência:
Vós me alçastes a ser o animal.
A vós agradeço, pedra, planta e animal,
E me inclino até vocês:
Me ajudaram, os três, a ser quem sou.
Nós te agradecemos criança humana,
E nos inclinamos diante de ti:
Por existir é que existimos.
Emana a gratidão,
Do Uno e novamente do Múltiplo Divino.
Na gratidão entrelaçam-se todos os seres.
Em seguida, Steiner faz a afirmação de que a educação atua sobre esses quatro corpos e, portanto, todo educador deveria ter conhecer suas características para agira corretamente.
Em termos de idade, desenvolvimento e formação temos a seguinte divisão para os os corpos:
Idade
|
Atividade
|
Pré-Natal
|
Formação do Corpo Físico
|
0
|
Nascimento do Corpo Físico
|
0-7
|
Desenvolvimento do Corpo Físico
|
7 (chegada da dentição permanente)
|
Nascimento do Corpo Etérico
|
7-14
|
Desenvolvimento do Corpo Etérico
|
14
|
Nascimento do Corpo Astral
|
14-21
|
Desenvolvimento do Corpo Astral
|
21
|
Nascimento do Eu
|
Diante desse quadro, é importante lembrar que todo nascimento de um corpo, é precedido por sua formação, assim como o corpo físico antes de nascer ser forma no útero.O período de desenvolvimento de um corpo abrange a formação de seus corpos superiores, que estarão prontos para nascer seguindo as idades mencionadas.
Para o primeiro setênio, a imitação e o exemplo como características que guiam o relacionamento da criança com o mundo. Ela é uma esponja que absorve tudo que está em seu ambiente:
"O que acontece no ambiente físico a criança imita, e essa imitação confere aos órgãos físicos suas formas definitivas. Devemos considerar o ambiente físico em sua acepção mais ampla, incluindo nele não apenas o que se passa materialmente ao redor da criança, mas tudo o que ocorre, o que seus sentidos percebem - o que, partindo do espaço físico, é suscetível de agir sobre as forças espirituais. Isso inclui todas as ações morais e imorais, inteligentes e tolas que a criança possa perceber".Ainda neste período, Steiner destaca o papel dos brinquedos, que são fundamentais para plasmar a fantasia no cérebro da criança. Uma boneca industrializada, "perfeita demais", acaba por tolher toda a fantasia que uma criança exercitaria ao brincar com uma boneca feita com um guardanapo dobrado (duas pontas serão os braço, outras duas as pernas, um nó servirá para a cabeça), pois essa última lhe possibilitaria o exercício de imaginar a figura humana a partir dela. E termina com o desafio:
"Deve-se observar rigorosamente que ao seu redor nada ocorra que ela não deva imitar".Durante o segundo setênio começa a surgir a aspiração a ideais e a autoridade. Nesta fase de desenvolvimento do corpo etérico, ficam as seguintes ressalvas:
- a veneração e o respeito farão com que ele cresça de forma sadia;
- são as imagens, e não os conceitos abstratos, que o alimentam;
- o trabalho com a memória irá fortalecê-lo;
- a importância de cultivar o sentido do belo e o despertar da sensibilidade artística;
- a música como o elemento que trará a capacidade de sentir o ritmo oculto em todas as coisas.
O período de desenvolvimento do corpo astral é aquele em que o jovem começa a estar preparado para lidar com representações abstratas, com a formação de juízo, com a autonomia do intelecto. Aqui o destaque fica para a questão de não estabelecer julgamentos precoces; de permitir que o ver, sentir, captar e o assimilar aconteçam sem que um julgamento imaturo se apodere do assunto. É preciso exercitar o escutar sem tomar partido:
"O intelecto só deveria opinar sobre qualquer assunto depois de terem falado todas as outras forças anímicas; antes disso, ele deveria desempenhar apenas um papel mediador. O intelecto só deveria servir para captar e assimilar livremente o que o indivíduo viu e sentiu, sem que o juízo imaturo logo se apoderasse do assunto. Por esse motivo, seria indicado poupar ao jovem todas as teorias antes da idade mencionada, ressaltando-se a importância do fato de ele enfrentar as experiências da vida para acolhê-las em sua alma. O adolescente pode, evidentemente, familiarizar-se com o que outros opinaram a respeito disso ou daquilo, mas convém impedir que se engaje numa opinião por meio de um juízo prematuro. Ele deveria aceitar tais opiniões com o sentimento de escutar o que o outro disse a respeito de algo, sem logo tomar partido."
E, novamente, o desafio:
"Para cultivar essa atitude, mestres e educadores devem, naturalmente, dar prova de muito tato, mas é justamente a mentalidade científico-espiritual que pode gerar esse tato."
O texto é finalizado com a afirmação de que a Ciência Espiritual se aproximará de cumprir sua missão se:
1. Houver um abandono de preconceitos, o que só acontecerá através do estudo sério;
2. Conseguir evoluir de maneira sadia, através do movimento de tornar suas doutrinas fecundas em todas as situações da vida, ao invés de ficarem restritas como teorias a respeito da vida.
Eu já tinha tido contato esses conceitos em outras leituras, mas a maneira como eles se abriram pra mim nesse texto foi realmente especial. Enfim, leitura mais que recomendada e fundamental para todo adulto educador!
sábado, 12 de julho de 2014
Uma odisseia
Quando fui à Festa da Lanterna na Escola Waldorf Francisco de Assis, em São Paulo, visitei a sala de aula do 7o. ano e as primeiras palavras que me vieram foram: "Eu quero voltar para a sétima série!". As cores, as ilustrações, o aroma, a beleza em cada detalhe... me vi ali, uma garota de 13 anos, ansiosa para aprender tudo que aquela sala oferecia.
Ontem, relembrando isso e pensando a respeito, me dei conta de que quando você se torna professor, você volta a ser aluno. Assim tem sido comigo:
Estou lendo "School as a Journey: the Eight-year Odyssey of a Waldorf Teacher and his Class", do Professor Torin M. Finser, à venda na Livraria Cultura. É um relato apaixonante dos 8 anos em que Torin atuou como professor de classe, acompanhando, pela primeira vez, uma turma desde o primeiro ano. E na leitura de ontem me deparei com o seguinte trecho:
E por isso acredito tanto na Pedagogia Waldorf! Vejo a transformação acontecendo em meus alunos e em mim e quando se vivencia isso, não resta dúvida, mesmo diante de tantas questões que ainda não consigo responder. Mesmo que me falte ainda um bom caminho de entendimento, que tento construir através da leitura, do estudo da Antroposofia e da Pedagogia, o que sinto como mais importante é que a vivência fortalece essa caminhar, o fazer e o sentir suportam o entendimento.
Como bem coloca o professor Torin, uma verdadeira odisseia!
Ontem, relembrando isso e pensando a respeito, me dei conta de que quando você se torna professor, você volta a ser aluno. Assim tem sido comigo:
- percebo que agora desenho muito mais tranquilamente formas geométricas à mão livre e que estranho a presença da régua;
- percebo o quanto as histórias que conto tem me nutrido e curado;
- o deleite de uma aula principal bem dada, puro alimento;
- e o ápice foi voltar a pular amarelinha aos 37 anos!
Estou lendo "School as a Journey: the Eight-year Odyssey of a Waldorf Teacher and his Class", do Professor Torin M. Finser, à venda na Livraria Cultura. É um relato apaixonante dos 8 anos em que Torin atuou como professor de classe, acompanhando, pela primeira vez, uma turma desde o primeiro ano. E na leitura de ontem me deparei com o seguinte trecho:
"Para me tornar um novo professor no segundo ano, eu tive que me tornar um aluno do segundo ano novamente. Pintei as mesmas aquarelas, fiz o papel de lobo ou cordeiro em nossa peça, desfrutei das mesmas canções. E vivenciar as imagens de santos e lendas me ofereceu algo pelo qual lutar e de novo eu achei que só depois de contar as histórias é que eu comecei a entender o significado das palavras que eu dizia. A prática artística estava demandando exaustivamente de mim, mas ao mesmo tempo, era extremamente renovadora. Depois de uma boa aula principal, eu sempre notava uma mudança em minha respiração: era de alguma forma mais profunda, mais saudável."É exatamente o que acontece comigo!!!
E por isso acredito tanto na Pedagogia Waldorf! Vejo a transformação acontecendo em meus alunos e em mim e quando se vivencia isso, não resta dúvida, mesmo diante de tantas questões que ainda não consigo responder. Mesmo que me falte ainda um bom caminho de entendimento, que tento construir através da leitura, do estudo da Antroposofia e da Pedagogia, o que sinto como mais importante é que a vivência fortalece essa caminhar, o fazer e o sentir suportam o entendimento.
Como bem coloca o professor Torin, uma verdadeira odisseia!
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Com gosto de quero mais!
Um dos princípios bem claros na Pedagogia Waldorf é que não há caminho pronto, o caminho se faz ao caminhar. Há orientações gerais sobre como as aulas tem que ser dadas, mas não há uma cartilha do beabá. O professor e o aluno é que formam essa cartilha conforme o processo vai acontecendo. É bem como ressalta o educador Severino Antonio neste vídeo: "A maneira depende das escolhas que nós fazemos. E o professor faz escolhas".
Dentro dessa liberdade de ação, uma orientação importante é trabalhar através de imagens, através de vivências, que permitam a associação do que se aprende com a imagem da história, da vivência.
Estamos na terceira época de alfabetização e chegou a hora da letra "Q". Então, apresentei a história do vaqueiro Quim, que era chamado pela mãe de Quinzinho, e gostava muito de queijo e de quiabo. Tinha um cachorro chamado Floquinho e ia até a quitanda da dona Quitéria para comprar quiabo fresquinho e comer fritinho com arroz. O ritmo inicial ganhou o seguinte poema:
E as palavras e a letra "Q" foram surgindo...
E para completar a vivência, decidi ir até a quitanda do bairro comprar um pouco de quiabo e preparamos um delicioso quiabo frito, que foi servido acompanhado de fatias de pão. A preparação começou com a observação, o toque e o cheiro do quiabo. Depois lavamos, fatiamos e salgamos. Na hora da panela, por segurança, fiquei pilotando o fogão e por fim, mesa posta!
E assim saboreamos a vivência e a conquista do "Q", que ficou com gosto de quero mais!!!
Dentro dessa liberdade de ação, uma orientação importante é trabalhar através de imagens, através de vivências, que permitam a associação do que se aprende com a imagem da história, da vivência.
Estamos na terceira época de alfabetização e chegou a hora da letra "Q". Então, apresentei a história do vaqueiro Quim, que era chamado pela mãe de Quinzinho, e gostava muito de queijo e de quiabo. Tinha um cachorro chamado Floquinho e ia até a quitanda da dona Quitéria para comprar quiabo fresquinho e comer fritinho com arroz. O ritmo inicial ganhou o seguinte poema:
"Está no quadro, está no queijo
E no queixo do Quinzinho.
Está no quilo do quiabo,
E no meio do Floquinho.
Tem no quarto e na quitanda,
No quimono e no quiosque.
No começo do quintal
E no fim de todo bosque."
E as palavras e a letra "Q" foram surgindo...
E para completar a vivência, decidi ir até a quitanda do bairro comprar um pouco de quiabo e preparamos um delicioso quiabo frito, que foi servido acompanhado de fatias de pão. A preparação começou com a observação, o toque e o cheiro do quiabo. Depois lavamos, fatiamos e salgamos. Na hora da panela, por segurança, fiquei pilotando o fogão e por fim, mesa posta!
E assim saboreamos a vivência e a conquista do "Q", que ficou com gosto de quero mais!!!
domingo, 15 de junho de 2014
É São João!!!
E chegou a época de São João!
E pela primeira vez a vivencio dentro da Pedagogia Waldorf!
O mais bacana de viver em épocas é tomar ciência de todas as possibilidades de auto transformação que cada época traz. Agora, por exemplo, a época de São João traz um convite para transcender o eu pequeno e deixar viver o Eu superior. A luz das fogueiras e lanternas é a luz do Cristo que, depois do evento de Pentecostes, fica reconhecida como de cada um e de todos nós. E essa luz só acontece através do fogo que consome o ego, a ilusão, a ignorância.
Um dos textos mais profundos que li sobre essa época é o "João Batista", da Comunidade de Cristãos, disponível no site Festas Cristãs. Eis o trecho que mais me tocou:
Ontem montei a mesa de época aqui de casa. Fiquei apaixonada pelo casal de caipiras que consegui criar! A fogueira, as bandeirinhas... uma beleza simples e extremamente profunda....
E pela primeira vez a vivencio dentro da Pedagogia Waldorf!
O mais bacana de viver em épocas é tomar ciência de todas as possibilidades de auto transformação que cada época traz. Agora, por exemplo, a época de São João traz um convite para transcender o eu pequeno e deixar viver o Eu superior. A luz das fogueiras e lanternas é a luz do Cristo que, depois do evento de Pentecostes, fica reconhecida como de cada um e de todos nós. E essa luz só acontece através do fogo que consome o ego, a ilusão, a ignorância.
Um dos textos mais profundos que li sobre essa época é o "João Batista", da Comunidade de Cristãos, disponível no site Festas Cristãs. Eis o trecho que mais me tocou:
"Nós não podemos ter perdido tudo o que, quando crianças, trouxemos de imenso e maravilhoso em forças celestiais para a terra! Nós não perdemos esta riqueza ao nos tornarmos adultos! Só não sabemos o que fazer com ela e por isso ela fica bem no fundo, nos recônditos mais profundos, em carne, ossos e sangue. Mas, podemos trazê-la à tona podemos trabalhá-la e descobrir novamente esta magia da riqueza espiritual e celeste."É em busca da vivência dessa riqueza espiritual e celeste que estamos todos nós. E os elementos e simbolismos vividos durante a época de São João nos ajudam a mergulhar fundo e descobrir esse tesouro escondido em cada um de nós.
Ontem montei a mesa de época aqui de casa. Fiquei apaixonada pelo casal de caipiras que consegui criar! A fogueira, as bandeirinhas... uma beleza simples e extremamente profunda....
quarta-feira, 11 de junho de 2014
As agulhas da Pedagogia Waldorf dando forma a feltros, lãs e linhas!
A primeira comunidade de bonecos inspirados na Pedagogia Waldorf feitos com as próprias mãos a gente nunca esquece!
Encontrei o modelo para estes bonecos no livro "Criança Querida - O dia a dia da Educação Infantil", de Renate Keller Ignácio, que você encontra à venda na loja virtual da Editora Antroposófica.
Encontrei o modelo para estes bonecos no livro "Criança Querida - O dia a dia da Educação Infantil", de Renate Keller Ignácio, que você encontra à venda na loja virtual da Editora Antroposófica.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Vivenciando a Matemática
Na primeira época de Matemática vivenciamos bastante o cálculo oral e a representação das unidades através de muitos desenhos e também de algarismos "quase romanos" - 1 = I; 2 = II; 3 = III e assim por diante... Digo "quase romanos" porque, para evitar confusões com as letras recém introduzidas, optei por trabalhar o 5 como "IIIII" e não "V".
Agora, na segunda época, estamos conhecendo os algarismos arábicos,também através de muitas histórias e desenhos. Dentre essas histórias, se destacou a que criei para vivenciar o número 6. Aproveitei as personagens de uma história que contei na época anterior de Alfabetização e surgiu a seguinte história.
E depois da história, desenhamos tudo que Carlos e Clara haviam contado e o que a vovó Carlota havia preparado.
As crianças e eu amamos essa vivência!
Agora, na segunda época, estamos conhecendo os algarismos arábicos,também através de muitas histórias e desenhos. Dentre essas histórias, se destacou a que criei para vivenciar o número 6. Aproveitei as personagens de uma história que contei na época anterior de Alfabetização e surgiu a seguinte história.
Vocês se lembram da Dona Carlota, avó do Carlos e da Clara? Pois então, nessa tarde, depois que eles voltaram da escola, Dona Carlota sentou na varanda com os netos e propôs uma brincadeira diferente:
- Vamos contar as coisas que estão à nossa volta? - disse a vovó.
- Vamos! - responderam os dois irmãos super empolgados.
Foi então que um bando de pombinhas pousou numa árvore bem em frente à varanda e eles começaram a contar juntos:
- 1, 2, 3, 4, 5, 6. Seis pombinhas!!!!
Depois, foram até a macieira e a vovó pediu que eles colhessem as maças maduras que encontrassem.
- Peguei uma, disse Carlos.
- Encontrei mais duas aqui! - foi a vez de Clara.
- Opa, mais duas bem madurinhas bem aqui! - Carlos gritou feliz da vida.
- Mais uma! - Clara colocou na cesta.
- Bom, já pegamos todas as maduras. Vamos ver quantas temos na cesta?
E os dois irmãos começaram a contar:
- 1, 2, 3, 4, 5,6. Seis maças madurinhas!
Dona Carlota, ao ver seis maçãs tão maduras e apetitosas disse:
- Hummm, já sei o que vou fazer com essas maçãs tão bonitas! Vou preparar uma deliciosa torta de maçã!
- Hummmm, que delícia vovó! Uma torta de maçã que quentinha com esse friozinho que está fazendo...
- E vocês podem ir até a horta colher galhos de hortelã para prepararmos um delicioso chá para acompanhar a torta.
- Sim, lá vamos nós!
Enquanto a vovó preparava a torta, Carlos e Clara, foram até a horta e colheram seis galhinhos de hortelã, mas não de qualquer jeito: escolheram um a um, os galhinhos mais vistosos e foram contando:
- 1, 2, 3, 4, 5, 6. Pronto, já temos hortelã suficiente para um delicioso chá!
Voltaram para a cozinha, lavaram os seis galinhos e ajudaram a vovó Carlota a preparar o chá.
Enquanto vovó Carlota cuidava da torta e do chá, Carlos e Clara voltaram para a varanda e perceberam que já estava quase anoitecendo e decidiram sair em busca das primeiras estrelas da noite.
- Uma, encontrei uma ali, Clara! - disse Carlos todo empolgado.
- Outra ali, Carlos! E mais uma! Já conseguimos ver três estrelas! - comentou Clara cheia de alegria.
- Veja, Clara, ali temos mais uma!
- Olhe outra ali, Carlos, em cima do telhado!!!
Os dois caminhavam de costas olhando para o céu e sem se dar conta, foram se aproximando um do outro. De repente, os dois viraram para o mesmo lado e ao mesmo tempo apontaram para o céu dizendo juntos:
- Mais uma, encontrei mais uma!
Era a sexta estrela que eles contavam! Ele já tinham encontrado seis estrelas naquele começo de noite.
Iam continuar contando as estrelas quando ouviram vovó Carlota chamando, a torta estava pronta. Correram para a cozinha e quando lá chegaram, encontraram uma linda mesa com seis pedaços de torta de maçã e seis canecas de chá de hortelã. E um aroma delicioso de torta de maçã com chá de hortelã perfumava toda a casa!
Papai, mamãe e Sr. Francisco, o vizinho, chegaram e todos juntos se deliciaram com a torta de maçã, o chá de hortelã e as histórias que Carlos e Clara contavam sobre as seis pombinhas, as seis maçãs, os seis raminhos de hortelã e as seis estrelas que viram no céu.
E depois da história, desenhamos tudo que Carlos e Clara haviam contado e o que a vovó Carlota havia preparado.
As crianças e eu amamos essa vivência!
sexta-feira, 6 de junho de 2014
E por falar em poesia...
Na última segunda-feira, um de meus alunos, o Gustavo, após o ritmo, me fez a seguinte proposta:
- Professora, vamos fazer uma música sobre a luz?
Respondi que naquele momento teríamos aula de matemática, mas que depois do recreio escreveríamos a canção.
Voltamos do recreio e começamos a exercitar os versos e rimas. Eis o resultado do poema criado por ele:
Em seguida, começamos a cantarolar os versos, que viraram uma canção e a canção agora faz parte de nosso repertório rítmico de todo dia.
Além da beleza da canção, é bonito ouvi-lo dizer:
- Professora, agora vamos cantar aquela música da luz que a gente fez.
- Professora, vamos fazer uma música sobre a luz?
Respondi que naquele momento teríamos aula de matemática, mas que depois do recreio escreveríamos a canção.
Voltamos do recreio e começamos a exercitar os versos e rimas. Eis o resultado do poema criado por ele:
Em seguida, começamos a cantarolar os versos, que viraram uma canção e a canção agora faz parte de nosso repertório rítmico de todo dia.
Além da beleza da canção, é bonito ouvi-lo dizer:
- Professora, agora vamos cantar aquela música da luz que a gente fez.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Um presente da Tutti - a poesia e filosofia da infãncia
Eis mais um presente da amiga querida Tutti Madazzio!
Uma rica entrevista com o educador Severino Antônio falando sobre a natureza poética e filosófica das crianças.
Gratidão, Tutti!!!
Uma rica entrevista com o educador Severino Antônio falando sobre a natureza poética e filosófica das crianças.
"Neste mundo embrutecido em que estamos, poucas coisas podem nos tirar da banalização e da brutalidade. As imagens de crianças tem esse poder. Elas podem nos salvar da indiferença em todos os lados. Nós estamos correndo um risco muito grande de ter uma geração de jovens sem projetos de mudar o mundo, de mudar a vida. Não dá para ter alegria e esperança só no futuro, isso é mortal. A gente precisa descobrir alegria no presente, que nem tem que descobrir poesia no cotidiano da escola. É um sonho, né?"
Gratidão, Tutti!!!
terça-feira, 3 de junho de 2014
Entre luz e sombra
No último sábado participei da formação Mainumby! E o tema foi "Desenho de Luz e Sombra". Que presente! Que graça poder estar ali e participar de uma vivência tão grandiosa!
Adriana Leibl, professora de classe da Escola Rudolf Steiner, nos apresentou uma pincelada geral do currículo do 6o. ano e a perfeita inserção do desenho de sombra dentro desse currículo. Tudo muito encantador!
Depois, vivenciamos um pouco dos trabalhos que os alunos normalmente fazem. Para mim, que nunca tinha desenhado com carvão e com essa temática de luz e sombra, foi uma experiência incrível. Meditação, exploração, descoberta, emoção... tudo junto e misturado... a luz e sombra às claras...
Um dos depoimentos que a professora Adriana trouxe me chamou a atenção. Ela disse que para uma professor de Artes, realizar a arte é inspiração, é tranquilo; mas que para um professor de classe realizar a arte pode ser transpiração, trabalho duro, tirar leite de pedra e isso faz com que o trabalho seja ainda mais gratificante, é a auto-educação acontecendo!
E eis os desenhos que vivenciei nesse sábado tão especial, seguindo sua ordem de execução.
O último desenho é bem especial pra mim... Neste sábado, Marcéu, meu filho de 4 anos, me acompanhou. Enquanto eu estudava, ele brincava pelos caminhos da Resiliência. O último exercício proposto pela Adriana foi ficarmos na sala observando uma vela acessa e um livro ou sairmos para explorar alguma cena no ambiente externo. Eu não precisei ir muito longe... bem ali, na porta da sala, Marcéu se construía brincando com seu trator, abrindo caminho, descobrindo uma linha do trem, limpando os trilhos... Ali parei e fiquei... e pude vivenciar o processo de deixar fluir, de observar e sentir meus dedos como uma extensão do meu olhar... Em alguns momentos a neura do "o que tenho que ver, o que tenho que representar" quis me apavorar, mas a presença do sutil foi tão mais forte e natural... e a arte aconteceu... e como disse Adriana, foi um processo revitalizante.
Gratidão à Vida, à Associação Monte Azul, ao Mário Zoriki, à Professora Adriana, à Tutti, ao Marcéu e aos colegas que ali estavam por uma manhã tão gratificante!
Adriana Leibl, professora de classe da Escola Rudolf Steiner, nos apresentou uma pincelada geral do currículo do 6o. ano e a perfeita inserção do desenho de sombra dentro desse currículo. Tudo muito encantador!
Depois, vivenciamos um pouco dos trabalhos que os alunos normalmente fazem. Para mim, que nunca tinha desenhado com carvão e com essa temática de luz e sombra, foi uma experiência incrível. Meditação, exploração, descoberta, emoção... tudo junto e misturado... a luz e sombra às claras...
Um dos depoimentos que a professora Adriana trouxe me chamou a atenção. Ela disse que para uma professor de Artes, realizar a arte é inspiração, é tranquilo; mas que para um professor de classe realizar a arte pode ser transpiração, trabalho duro, tirar leite de pedra e isso faz com que o trabalho seja ainda mais gratificante, é a auto-educação acontecendo!
E eis os desenhos que vivenciei nesse sábado tão especial, seguindo sua ordem de execução.
O último desenho é bem especial pra mim... Neste sábado, Marcéu, meu filho de 4 anos, me acompanhou. Enquanto eu estudava, ele brincava pelos caminhos da Resiliência. O último exercício proposto pela Adriana foi ficarmos na sala observando uma vela acessa e um livro ou sairmos para explorar alguma cena no ambiente externo. Eu não precisei ir muito longe... bem ali, na porta da sala, Marcéu se construía brincando com seu trator, abrindo caminho, descobrindo uma linha do trem, limpando os trilhos... Ali parei e fiquei... e pude vivenciar o processo de deixar fluir, de observar e sentir meus dedos como uma extensão do meu olhar... Em alguns momentos a neura do "o que tenho que ver, o que tenho que representar" quis me apavorar, mas a presença do sutil foi tão mais forte e natural... e a arte aconteceu... e como disse Adriana, foi um processo revitalizante.
Gratidão à Vida, à Associação Monte Azul, ao Mário Zoriki, à Professora Adriana, à Tutti, ao Marcéu e aos colegas que ali estavam por uma manhã tão gratificante!
segunda-feira, 2 de junho de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
A Maior Flor do Mundo
"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo tem andado a ensinar?"
José Saramago
terça-feira, 27 de maio de 2014
Porque escolhi uma escola Waldorf
Ceila Santos nos conta um pouco da experiência de ser uma mãe Waldorf.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
A Festa da Lanterna
Navegando pela página facebook da João Pé de Feijão - Brinquedos inspirados na Pedagogia Waldorf, fiquei encantada com tudo que vi sobre a Festa da Lanterna!
O conto "A Menina da Lanterna" é lindo, com uma simbologia bem profunda e vivenciá-lo através dos movimentos da festa nos ajuda a relembrar quem realmente somos e qual nosso objetivo maior.
E no blog João Pé de Feijão, a Ana Panisset nos presenteou com um passo a passo para a confecção caseira de uma lanterna para celebrar a festa em casa! Ainda nem mostrei para o Marcéu porque senão ele vai querer fazer agora mesmo! Depois que fizermos juntos, publicarei aqui o resultado da arte!
E nesta postagem só dá João Pé de Feijão, mas é porque a Ana Panisset merece! :) Até uma coletânea musical maravilhosa para esta época ela compartilhou com a gente! Se você ainda não ouviu, clique aqui e ouça! E desfrute!
E para encerrar, é claro, mais presente da Ana Panisset! Lindas lanternas nas quais ela trabalhou e que fizeram parte da Festa da Lanterna 2014 da Polén Escola Waldorf.
O conto "A Menina da Lanterna" é lindo, com uma simbologia bem profunda e vivenciá-lo através dos movimentos da festa nos ajuda a relembrar quem realmente somos e qual nosso objetivo maior.
E no blog João Pé de Feijão, a Ana Panisset nos presenteou com um passo a passo para a confecção caseira de uma lanterna para celebrar a festa em casa! Ainda nem mostrei para o Marcéu porque senão ele vai querer fazer agora mesmo! Depois que fizermos juntos, publicarei aqui o resultado da arte!
E nesta postagem só dá João Pé de Feijão, mas é porque a Ana Panisset merece! :) Até uma coletânea musical maravilhosa para esta época ela compartilhou com a gente! Se você ainda não ouviu, clique aqui e ouça! E desfrute!
E para encerrar, é claro, mais presente da Ana Panisset! Lindas lanternas nas quais ela trabalhou e que fizeram parte da Festa da Lanterna 2014 da Polén Escola Waldorf.
domingo, 25 de maio de 2014
A mesa de Pentecostes
E a mesa de época de Pentecostes aqui de casa ficou assim!
Marcéu e eu ficamos encantados!!!
E se você quiser viver um belo texto de Rudolf Steiner sobre a época de Pentecostes, leia "Pentecostes Universal - A Mensagem da Antroposofia"
Marcéu e eu ficamos encantados!!!
E se você quiser viver um belo texto de Rudolf Steiner sobre a época de Pentecostes, leia "Pentecostes Universal - A Mensagem da Antroposofia"
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Waldorf: Ser Professor
Que encanto de vídeo!!!
Fiquei emocionada em vários pontos!
E tive a certeza de ter me encontrado!
Senti o tamanho do desafio,
Respirei fundo
E concluí: "sim, eu consigo!"
"They may feel that self transformation is the key to freedom. Then you can change yourself and becaming anything is the ultimate freedom in the world."(Eles podem sentir que a auto-transformação é a chave para a liberdade. Então, poder mudar a si mesmo e tornar-se qualquer coisa é a maior liberdade do mundo.)
"If someone wants to make a difference in the world, I can't think at anything more relevant for our times than becoming a Waldorf teacher."(Se alguém quer fazer diferença no mundo, eu não consigo pensar em algo mais relevante para nossa época que se tornar um professor Waldorf.)
terça-feira, 20 de maio de 2014
Matemática e(m) Movimento
"In other words, one should never apply recipes directly—neither in the art of cooking, nor in the art of teaching—but modify them so that they are in tune with the individuals you wish to nourish. Only then will they have value for both body and soul."
Henning Andersen
A versão digital do livro encontra-se disponível no site Waldorf Library.
domingo, 18 de maio de 2014
Os cadernos estão prontos!
Para quem ainda não sabe, na Pedagogia Waldorf, não usamos folhas pautadas e mais especificamente nas séries iniciais utilizamos giz de cera para realizar as atividades.
Na Cambará, utilizamos alguns cadernos prontos, confeccionados pela própria escola com folhas de sulfite e capas de papel cartão.
Eu, além de utilizar os cadernos já prontos, utilizo muito folhas avulsas para realizar as atividades, que vou guardando ao longo do trimestre. E eis que agora chegou a hora de reunir essas folhas em um bonito caderno!
E o bacana de fazer essa organização ao final do trimestre é que fica ainda mais perceptível o quanto eles e eu já nos modificamos desde o início das aulas.
E eu amei ilustrar as capas! :)))
Pura alegria!
Pura beleza!
Vida!
Na Cambará, utilizamos alguns cadernos prontos, confeccionados pela própria escola com folhas de sulfite e capas de papel cartão.
Eu, além de utilizar os cadernos já prontos, utilizo muito folhas avulsas para realizar as atividades, que vou guardando ao longo do trimestre. E eis que agora chegou a hora de reunir essas folhas em um bonito caderno!
Ueba!!!
Todas as atividades do primeiro trimestre organizadas em seus respectivos cadernos!
E o bacana de fazer essa organização ao final do trimestre é que fica ainda mais perceptível o quanto eles e eu já nos modificamos desde o início das aulas.
E eu amei ilustrar as capas! :)))
Pura alegria!
Pura beleza!
Vida!
sexta-feira, 16 de maio de 2014
A Alfabetização na Pedagogia Waldorf
O texto é bem bacana, introduzindo conceitos básicos da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf e traz, através da entrevista com três professoras, práticas, caminhos e percepções do processo de alfabetização dentro da Pedagogia Waldorf.
Dentro de todo o conteúdo, ressalto abaixo alguns trechos que me chamaram a atenção porque trazem pontos que eu vivo atualmente em minha experiência como professora Waldorf de 1o. ano.
Segundo Abreu e Sâmara (1999) o autoconhecimento e a autoeducação incluem-se entre as obrigações básicas do/a professor/a e isso exige uma “luta” energética com parte do seu ser como as emoções, os instintos e o temperamento. O/a professor/a é chamado/a a conhecer essas forças, dominá-las e transformá-las em capacidade criativas.
(...)
“a sensação que eu tive é que na verdade a gente não ensina a ler, eles é que aprendem a fazer e com o entusiasmo vão “acordando” para a aprendizagem”
(...)
No primeiro ano na verdade o que a gente precisa fazer constantemente é olhar o mundo, “se debruçar sobre ele” no que acontece no nosso redor, na natureza, nos seres da natureza, nas atividades cotidianas, nas atividades de trabalho artesanal. Esse é, principalmente, o nosso “alimento” para criar as histórias para alfabetização e encontrar elementos pictóricos no mundo que possam servir como material para alfabetização.(...)
Há uma ligação artística no aprender, na instância do pensar, sentir e querer. Você traz pra criança essa relação do sentir do eu gosto eu simpatizo e aí eu quero fazer e vou pensar sobre isso. Então é diferente nesse sentido.
Enfim, recomendo a leitura!
Para acessar o TCC completo, basta clicar aqui.
E boas reflexões!
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Eureka!
"Sempre que uma criança vive um momento "ahan!" é porque ela se tornou um pouco mais consciente da interconectividade de tudo."
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Projeto Mainumby
Foi um sábado muito especial, onde a professora Cleonice, jardineira da Escola Rudolf Steiner, de São Paulo, nos presenteou com ritmos, conceitos e uma bela vivência prática de tudo que conversamos.
Descrevo abaixo algumas de minhas anotações feitas a partir das colocações feitas pela professora Cleonice.
- A importância do trabalho nos gestos primordiais na primeira infância.
- Adequação do alimento físico e anímico para a criança respeitando sua idade e desenvolvimento.
- A influência do professor sobre a criança vai desde as células, passa pelo respirar, pelo pensar...
- A importância da presença no momento, de perceber o momento, a flor, o som, o gesto, a contemplação.
- A importância de se religar à natureza; isso é a religiosidade; na essência do pássaro, da planta, da flor, está o gesto primordial da Criação.
- A importância de lembrar da imagem primordial do homem - cozinhar, lavar, costurar, plantar, passar - fazem parte da essência da Vida, da sobrevivência.
- 1o. Setênio - O mundo é bom e quero absorvê-lo em sua totalidade.
Gestos calmos, voz tranquila, pausada.
O exemplo tem mais impacto que a fala.
A importância de gerar/nutrir/consolidar na criança a confiança.
Palavra: Gratidão - a criança é naturalmente grata e a gente vai sofisticando essa gratidão natural e fazendo com que a criança comece a querer sempre mais e vá deixando de ser grata.
- 2o. Setênio - O mundo é belo e eu me abro à essa beleza.
A importância de gerar/nutrir/consolidar o amor.
Palavra: Amor - o amor desperta, desabrocha na criança.
- 3o. Setênio - O mundo é verdadeiro.
A importância de gerar/nutrir/consolidar a esperança.
Palavra: Ação
- O dever para a ação vem como gratidão pelo amor. O ser humano livre só se forma quando tem esses três passos - gratidão, amor e ação nutridos e equilibrados. Só assim ele será capaz de agir livremente.
- O que estou oferecendo é verdadeiro? É bonito? Está gerando confiança na criança?
Bom, esses são só alguns pontos... se eu fosse escrever tudo que anotei, este post ficaria gigantesco...
Além disso, foi tão bom fazer parte de um grupo comunitário envolvido, que estava ali cheio de vontade de aprender, de participar, de crescer, de melhorar para si e para o outro. Como ouvi da Stefânia, uma das participantes: "é tão bom quando a gente se encontra num grupo e nele encontra apoio para seguir".
Diante de tanta coisa boa, encerro esse post com um dos ritmos e um dos versos que aprendi nesse dia:
"Duas graças há no respirar:Inspirar o ar, e dele se livrarInspirar constrange, expirar refrescaTão maravilhoso foi feito da vida uma mesclaAgradeça a Deus quando Ele te aperta,E novamente quando Ele te liberta".Goethe
"Aprender é praticar, praticar é repetir, repetir é ganhar experiência, experiência é crise, crise é prova, prova é fortalecimento, fortalecimento é liberdade, liberdade é criar do nada, criar do nada é transformar. Transformar é caminho e fim ao mesmo tempo."
Luiza Lameirão
E deixo o convite:
Os encontros acontecem uma ou duas vezes por mês, lá na Escola Resiliência, Núcleo Horizonte Azul, mantido pela Associação Comunitária Monte Azul. Para mais detalhes, acesse o site do projeto.
Se interessou?!? Quem sabe não nos encontremos por lá no fim deste mês?!?
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Núcleo Horizonte Azul
quarta-feira, 23 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
Invasão Colorida
E assim amanheceu a árvore de Páscoa da mesa de época do Marcéu!
A Borboleta E A Lagarta
Palavra Cantada
Lá lá lá, lá, lá, lá vai uma lagarta
Tá tá tá tá sempre a mastigar
Nhac, nhac, nhac
Como está com fome
Come come come sem parar
Lá,lá,lá lá lá, lá, lá vai borboleta
Tá tá tá tá livre a voar
Flap, flap, flap
Cor de violeta
Uma flor voando pelo ar
Flap flap flap flap flap flap flap
Nhac, nhac, nhac, nhac
Será que a borboleta lembra que já foi lagarta?
Será que a lagarta sabe que um dia vai voar?
F E L I Z P Á S C O A!!!
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Entre o céu e a terra
Começou escrevendo seu nome
Depois pôs nele todas as cores pra ficar bonito.
Um sol surgiu num céu azul.
Depois me disse: falta a árvore.
Começou então o esboço de uma árvore
E prontamente disse: falta o chão, vou desenhar aqui a terra.
E fez surgir embaixo do tronco uma graminha verde de esperança.
E assim ele ficou, entre árvore, terra, sol e céu
Humano, demasiado humano...
E Divino...
ps.: não consegui retratar a parte da árvore... ele não gostou da árvore que desenhou, disse que estava feia e apagou mais rapidamente do que eu pudesse registrar. Essa foto foi feita antes da árvore surgir.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Um encanto...
Marcéu fará 4 anos no final deste mês e nas escolas que seguem a Pedagogia Waldorf, no dia do aniversário, o aniversariante é príncipe ou princesa. Então comprei a capa e a coroa dele na loja "João Pé de Feijão" (http://www.joaopedefeijao.com/) e aproveitei para comprar também um kit "faça você mesmo" de borboletas de lã.
A loja virtual já traz um encantamento, mas encantamento maior foi abrir a caixa quando chegou aqui!
O cartão dizia o seguinte:
Puro encantamento!
Obrigada, Ana por tanto carinho e pelo encantamento que sua arte proporcionou ao Marcéu e a mim!
ps.: quem quiser se encantar com as artes da Ana, é só acessar a loja (endereço no início deste post) ou o face https://www.facebook.com/ojoaopedefeijao
A loja virtual já traz um encantamento, mas encantamento maior foi abrir a caixa quando chegou aqui!
O cartão dizia o seguinte:
"Rosa,E eu senti o carinho da Ana (e da Cecília, que fez a capa e a coroa) nas peças, na caixa, nas palavras, no acolhimento desde o primeiro contato.
Muito grata pelo pedido!
Espero que goste.
Estamos à disposição.
Abraços,
Ana"
Puro encantamento!
Obrigada, Ana por tanto carinho e pelo encantamento que sua arte proporcionou ao Marcéu e a mim!
ps.: quem quiser se encantar com as artes da Ana, é só acessar a loja (endereço no início deste post) ou o face https://www.facebook.com/ojoaopedefeijao
terça-feira, 15 de abril de 2014
Planos de Aula
Normalmente, não faço um plano de aula para escrito todo dia, mas tenho o costume de fazer para a primeira aula de cada época.
O primeiro dia de aula de uma época marca o início de um novo bloco de 4 semanas onde um determinado tema/disciplina será trabalhado com os alunos. Então, faço um plano de aula para esse dia, como uma espécie de guia para nortear o trabalho da época. Cada dia da época terá sua lição, mas o plano do primeiro dia traz aspectos gerais que serão utilizados em todos os outros dias da época.
Seguem os três planos que tenho feitos até hoje.
O primeiro dia de aula de uma época marca o início de um novo bloco de 4 semanas onde um determinado tema/disciplina será trabalhado com os alunos. Então, faço um plano de aula para esse dia, como uma espécie de guia para nortear o trabalho da época. Cada dia da época terá sua lição, mas o plano do primeiro dia traz aspectos gerais que serão utilizados em todos os outros dias da época.
Seguem os três planos que tenho feitos até hoje.
O primeiro dia de aula - muita expectativa em mim!
O primeiro dia de Introdução às Letras
O primeiro dia de Introdução à Matemática
domingo, 13 de abril de 2014
Desenhos de Lousa
Uma das lindezas que mais chama minha atenção na Pedagogia Waldorf é o desenho de lousa.
A criança desperta e aprende através do belo e o belo se faz presente nas salas de aula também através de lindos desenhos que os professores fazem na lousa.
A criança desperta e aprende através do belo e o belo se faz presente nas salas de aula também através de lindos desenhos que os professores fazem na lousa.
Desenhos de lousa da Escola Rural Dendê da Serra
E eu comecei a mergulhar nesse mar de beleza também. Eis meus primeiros desenhos de lousa.
O primeiro desenho de lousa para representar a história "O Jovem Gigante"
Desenho de lousa para a época de início à alfabetização
Desenho de lousa para representar a história "O Ganso de Ouro"
Borboletas para apresentar a letra "B"
João e o Pé de Feijão
Introdução à Matemática: O Grande Um
"Jorinda e Joringuel"
Comparando-os com as obras de arte que vejo, eles seriam motivo de vergonha, mas não são. Sabem por que? Porque até descobrir o caminho Waldorf, eu não desenhava nem um cubo direito! Não conseguia desenhar nada, nada, nada... sempre me considerei um 0 a esquerda em desenho e de repente vejo desenhos que surgem em mim, que ainda não são obras de arte, mas são a arte nascendo em mim.
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