O curso "Professor de Classe: Exercitando o Desenho", com o Professor Luzius Zaeslin, promovido pelo IDW, chegou ao fim no último fim de semana e deixou um gosto de quero mais. Em nosso último encontro, nos perguntávamos: o que vamos fazer daqui 15 que não estaremos aqui?!? E conversamos sobre meios de nos mantermos em contato, de nos reencontrarmos, de continuarmos exercitando e crescendo juntos.
Eu me emocionei no momento em que o professor chamou meu nome e me entregou o certificado, meu nome ali seguido de "concluiu o curso" me fez sentir a emoção de mais uma conquista, mais uma superação. A guria que não desenhava praticamente desde os 6 anos de idade (segundo minha mãe, sofri um trauma na pré-escola, quando a professora disse que um desenho que tinha feito era horrível. Cheguei em casa chorando e desde então não me lembro do desenho ter feito parte da minha infância e adolescência. Passei 30 anos sem desenhar até me encontrar com a Pedagogia Waldorf!), agora concluía um curso de desenho! Ufa! Nó na garganta, aperto no peito de felicidade!
O curso, além de deixar o gosto de quero mais, trouxe a ousadia de tentar desenhar, o querer desenhar, abriu as porteiras do desenho como um meio de expressão! Sei que ainda tenho muitas limitações, que para mim, como disse a professora Adriana Leibl, em um dos encontros em Mainumby, a arte ainda é muito mais transpiração que inspiração (ela comentou isso quando comparou o que representa o trabalho artístico para um professor de artes e para um professor de classe), mas me sinto plena, liberta de mais uma corrente que me prendia e de certa forma me afastava de ser verdadeiramente Eu. Hoje, posso afirmar, com enorme gratidão,que o desenho faz parte da minha vida!
Meu último trabalho durante o curso foi um desenho com giz de cera inspirado no conto "Os Músicos de Bremen". Amei o processo de criação desse desenho, seus erros e acertos. Ele me trouxe mais intimidade com o giz de cera.
Inspirada pelo desenho de Micael e o dragão, feito pela Yolanda, uma das colegas do curso, tive a coragem de desenhar Micael e o dragão para meus alunos.
Quando eles viram, as reações foram:
"- Professora, como você fez esse dragão? Ficou irado!"
"- Ficou lindo, professora"
Além das palavras, o mais bonito foi que eles também quiseram desenhar seus dragões, suas espadas, seu Micael. Benção saber que meu desenho, mesmo com toda sua simplicidade, os faz querer desenhar, os alimenta!
Ao professor Luzius e a todas as pessoas queridas que participaram da jornada do curso comigo, minha gratidão eterna!
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